Em um encontro realizado na terça-feira, 26 de setembro, da qual o Sintratel participou, cerca de 150 sindicalistas filiados à UGT estadual firmaram um compromisso com a luta para reverter a Reforma Previdenciária, minimizando as perdas dos trabalhadores, e com o aumento da representatividade dos trabalhadores no Congresso Nacional.

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A discussão da Reforma da Previdência Social, o que os sindicalistas precisam saber a respeito e o seu papel frente aos trabalhadores das categorias representadas foi o fio condutor do encontro, aliada à necessidade de eleger parlamentares comprometidos com os direitos e interesses da classe trabalhadora.

Bancada sindical

“Está na hora de discutirmos a questão partidária, pois os trabalhadores estão votando em pessoas que não os representam”, falou o presidente da UGT - SP, Luiz Carlos Motta. Ele e Roberto Santiago concorrerão a uma vaga no Congresso Nacional nas eleições de 2018, para fortalecer a bancada sindical e a luta pelos trabalhadores brasileiros.

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O tesoureiro da UGT-SP, Rogério José Gomes, salientou a importância da difusão de informações de qualidade para as bases sindicais e dos trabalhadores, gerando a conscientização para a ação. Chiquinho Pereira, do sindicato dos condutores, ressaltou que “não haverá vitória se não houver luta" e Daniela Souza, diretora do Siemaco e Secretária da Juventude da UGT Estadual-SP destacou que “os jovens serão os mais prejudicados com a Reforma Trabalhista e precisam ser conscientizados sobre isso.”

“A votação da Reforma Previdenciária poderá ser um marco para abrir os olhos dos trabalhadores”, argumentou Moacyr Pereira. Segundo ele, dificilmente será repetida a aprovação da Reforma Trabalhista, pois a sociedade e os políticos serão atingidos de forma negativa com as propostas.

Vice-presidente da UGT nacional e presidente da Femaco e Fenascon, Roberto Santiago denunciou que “a mídia ordinária se articula com o poder”. “A base da UGT é grande e poderíamos eleger dez deputados federais em pelo menos seis Estados. “Por que não?”, questionou.

Especificamente sobre a Reforma Trabalhista, apesar de lembrar que a UGT é reformista, alertou ser preciso estabelecer critérios para as mudanças e entender exatamente como está a questão financeira da Previdência Social. Salientando a importância do movimento sindical brasileiro como o maior movimento social do Brasil, convocou os colegas à luta: não podemos sangrar a sociedade, impedindo a aposentadoria de quem construiu este país.

A aposentadoria do brasileiro está em risco

Esmiuçando a PEC 287 (A) substitutivo: A minimização da Previdência Pública, a pesquisadora do Dieese, Patrícia Pelatiere, resumiu os principais tópicos da da Reforma Trabalhista, atualizando a proposta original com as alterações já realizadas. Infelizmente, ela provou que as perdas serão muito grandes, prejudicando a sociedade e trabalhadores.

Caso aprovada, a Reforma Trabalhista acabará com o sonho de uma aposentadoria igualitária. “A Reforma Previdenciária propõe mudanças amplas na Constituição Federal e minimiza a importância da Previdência Social como uma das principais políticas públicas do Brasil", disse, mostrando que ela gerará perdas importantes para os trabalhadores, mulheres, jovens, idosos e minorias, aumentando a população de brasileiros miseráveis.

Resumindo a PEC 287, o presidente do sindicato dos aposentados, Natal Leo, mostrou as 9 alterações, 10 maldades e 7 possíveis mudanças ordinárias que poderão ser legalizadas por medidas provisórias. Lamentou que milhões de brasileiros poderão ser prejudicados.

Finalizando o debate, o vice-presidente da UGT-SP, Amauri Mortagua, ilustrou com vídeos a realidade que precisa ser enfrentada e conclamou os colegas: os sindicalistas precisam reagir contra a Reforma Previdenciária. “Nada substitui o boca a boca!”, convocou.

Finalizando os trabalhos, os diretores do Siemaco, Daniela Souza e André Filho, ao lado dos companheiros do Comitê Organizador da UGT-SP agradeceram a participação dos ugetistas. Ao serem conclamados para a luta, todos se comprometeram com a defesa da Previdência Social e direito à aposentadoria digna.

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