Movimentos

A legislação trabalhista atual, resultante da reforma, completa seus seis meses de vida e vem causando cada vez mais estragos no cotidiano dos trabalhadores e trabalhadoras pelo Brasil.

Cada vez mais fica evidente que as elites econômicas, aliadas ao setor empresarial, encomendaram essa e outras reformas ao governo ilegítimo que colocaram no poder através do impeachment que financiaram.

O objetivo central dessa reforma foi: aumentar as taxas de lucros das empresas com a redução de custos com mão de obra obtidas por meio da supressão de direitos históricos da classe trabalhadora, conquistados através de muita luta, vale ressaltar.

Assim, a redução de direitos somada a dificuldade para abrir processos contra os maus patrões e o enfraquecimento dos Sindicatos na defesa dos trabalhadores são a receita para o cenário de desespero que vamos acompanhando.

A falácia de que tal reforma era necessária, pois a CLT era ultrapassada e sua atualização geraria empregos, está desmascarada.

O número de desempregados já passou dos 14 milhões no país, uma taxa absurdamente grande, sendo uma das maiores da história.

Para tornar a situação ainda mais dramática, a renda média dos 50% mais pobres caiu de R$773 para R$754, e dos 5% mais miseráveis teve redução de 40%, segundo números do IBGE. Diante desse quadro, a cada ano 1,5 milhão de pessoas cai para a faixa de miséria no país.

ReformaTrab SiteAlém de não gerar empregos, a reforma contribuiu na intensificação do adoecimento e do empobrecimento dos que ainda persistem no mercado.

Com a possibilidade do acordado sobre o legislado, da redução da jornada com redução de salários, da jornada intermitente (onde só se percebe pelas horas trabalhadas) e da homologação sendo feita diretamente pelas empresas a situação dos trabalhadores ficou ainda mais gritante. Já que são mecanismos que causam enormes prejuízos aos que vivem da força de trabalho.

Ademais, o fim da gratuidade nas ações trabalhistas prejudicam os trabalhadores e acoberta os maus patrões, que ficam à vontade para cometer irregularidades e sonegar direitos trabalhistas, certos de que não serão acionados.

E para apregoar a situação o governo deixou expirar a medida provisória que amenizava pontos da reforma, como a possibilidade de grávidas trabalharem em ambiente insalubre. Uma vergonha!!!

A cereja do bolo para coroar esta situação desastrosa se dá com o enfraquecimento dos instrumentos de luta dos trabalhadores, os Sindicatos. Queriam o caminho livre e sem resistência para aumentar a exploração sobre o trabalho e ampliar seus lucros. Assim, trabalharam o consciente coletivo, por meio da mídia, demonizando as entidades e seus dirigentes, descartando sua importância e a necessidade de sua existência. E estão seguindo com essa premissa.

Por isso, fortalecer a luta é valorizar os trabalhadores. Somente com Sindicatos combativos e fortes é que poderemos disputar com igualdade este processo. 

Ou os trabalhadores entendem isso, se aproximam e participam de suas entidades de classe (Sindicatos/Associações) e das lutas convocadas, ou ficarão, ainda mais fragilizados e expostos aos ataques patronais, que, por outro lado, ficarão cada vez mais fortes com a destruição da CLT e das entidades representativas, que podem auxiliar no combate à exploração que a reforma nos impôs.

ContraReformas 2

 

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