Notícias

ponteO recado foi dado pelo Jornal Valor, do Grupo Globo, no dia 25 de julho, em matéria publicada com o sugestivo título “Eleições podem impor retrocesso às reformas”.

A  linguagem da matéria é escorregadia e enganadora, como sempre. E parte da verdade mentirosa, vendida pelo mídia empresarial e seus políticos, de que a recuperação econômica do país, e a volta do crescimento, jamais ocorrerão se as reformas de Temer (que chamam de estruturais) e o roubo aos direitos dos trabalhadores e do povo pobre que elas representam não forem aprovados.

“A eleição presidencial de 2018 poderá minar o esforço empreendido até agora para aprovar reformas estruturais com o objetivo de promover uma recuperação econômica",  afirma o artigo. Ainda de acordo com o texto, 90% dos empresários estão confiantes na “continuidade das reformas”, mas também não escondem os seus temores, como a possibiidade da eleição de algum candidato em que eles não confiem, em 2018.

A conclusão única e óbvia é de que os trabalhadores vão pagar o pato que os empresários não querem pagar, a não ser que a luta derrote a reformas do governo Temer e de seu congresso de corruptos e corruptores.

 

Veja abaixo artigo publicado pelo Jornalista Altamiro Borges em seu blog, analisando a matéria publicada pelo Jornal Valor:

 

‘Valor’ já descarta as eleições em 2018?

Por Altamiro Borges

O jornal Valor Econômico, que pertence à famiglia Marinho e expressa o pensamento da cloaca empresarial brasileira, parece que está preocupado com as eleições presidenciais de 2018. O Grupo Globo, que já havia descartado o odiado Michel Temer, temendo que ele coloque em risco a agenda ultraliberal dos golpistas, dá mais um passo na sua conspiração.

A escolha de um sucessor através de eleições indiretas no parlamento – o nome mais cotado no momento é o de Rodrigo Maia, o jagunço dos patrões que preside a Câmara Federal – já não garantiria a aplicação do receituário de desmonte do Estado, da nação e do trabalho. Daí o surgimento da ideia, ainda tímida, de cancelar as próprias eleições do próximo ano. 

Na matéria intitulada “Eleições podem impor retrocesso às reformas”, publicada na segunda-feira.24 de julho, o 'Valor', do Grupo Globo, deixa implícita esta nova tese do golpe dentro do golpe. Segundo a articulista Angela Bittencourt, o poderoso “deus-mercado” estaria temeroso com o voto dos brasileiros. “A eleição presidencial de 2018 poderá minar o esforço empreendido até agora para aprovar reformas estruturais com o objetivo de promover uma recuperação econômica",  afirma o artigo em uma linguagem marota. Ainda de acordo com o texto, 90% dos empresários estão confiantes na “continuidade das reformas”, mas também não escondem os seus temores.

“Questionado sobre candidatos que poderão despertar confiança nos investidores, nosso interlocutor [o jornal omite o nome do executivo] apontou personalidades filiadas ao PSDB: João Doria, prefeito de São Paulo, e Geraldo Alckmin, governador do Estado. ‘O PSDB é um atestado de qualidade de política econômica. Qualquer candidato do partido seria recebido dessa forma’... De Marina Silva à direita, todos serão vistos como bons candidatos e ela mesma pode surpreender sendo bem assessorada. O PMDB está fazendo uma política econômica exemplar, mas não parece haver condição do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, se fazer candidato. Ele seria o ideal por sua credibilidade, experiência e acertos da atual gestão”.

O ‘Valor’ faz questão de elogiar as maldades do covil golpista, que agravaram o desemprego e estão destruindo o país. “A atual equipe segue um ‘bom roteiro’ de política macroeconômica. A questão fiscal não está equacionada, mas o teto de gastos do setor público foi um meio competente de endereçar os problemas fiscais. O diretor de investimentos de um conglomerado brasileiro entrevistado pela coluna afirma que o espólio do governo Dilma foi uma política macro toda errada, o que levou o país a crescer abaixo do potencial. ‘A taxa de crescimento do PIB voltará ao seu potencial, mas além das reformas estruturais, o governo deve rever uma série de mecanismos que foram criados como paliativos. Um desses é atrelar tudo à variação do PIB. O melhor exemplo é o salário mínimo”. O tal diretor também defende a urgência da contrarreforma da Previdência.

Todos estes “avanços”, na ótica do jornal Valor e dos seus anônimos, correriam sérios riscos caso o pleito do próximo ano não resulte na vitória de um candidato “à direita”. A reportagem não cita o nome de Lula, mas ele paira nas entrelinhas. Diante deste perigo, volta-se ao título da matéria: “Eleições podem impor retrocesso às reformas”. Daí a suspeita de que as eleições presidenciais de 2018 podem ter subido no telhado. A conferir os próximos passos dos golpistas e da sua mídia venal.

0
0
0
s2smodern

Adicionar comentário


Código de segurança
Atualizar

Fala operador

Direitos do operador de telemarketing