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Um dia após propor a agenda anticrise fazendo contraponto à "pauta­bomba" do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB­RJ), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB­AL), foi eleito alvo da Força Sindical nas manifestações programadas para o próximo domingo, 16, em todo o Brasil.

A central sindical é ligada ao Solidariedade, partido presidido pelo deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD), um dos aliados mais fiéis de Cunha (diga com andas que te direi mquem és). Paulinho participou de almoço realizado nesta terça-­feira, 11 de agosto, na residência oficial do presidente da Câmara, mas negou que a escolha de Renan como alvo tenha sido um pedido de Cunha. As críticas a Renan passarão pelas denúncias da Operação Lava Jato que o relacionam ao esquema de corrupção da Petrobrás. No entanto, o principal foco será a "agenda para o Brasil", que garantiu protagonismo temporário ao presidente do Senado justamente no momento em que o presidente da Câmara pauta projetos que causam forte impacto fiscal ao governo.

Mais cedo, a Força Sindical já havia se manifestado contra a agenda anticrise de Renan, que conta com apoio de alguns ministros da presidente Dilma Rousseff. Em nota, o presidente da central sindical, Miguel Torres, disse que causa "estranheza" a proposta de instituir a idade mínima para a aposentadoria e sinalizou que pode entrar em greve geral diante da discussão da iniciativa. "Com esta tentativa de retirada de direitos, Renan é quem está instituindo uma verdadeira 'pauta­bomba' contra os trabalhadores brasileiros", afirmou Torres.

Levantamento da liderança do governo no Senado indica que, dos 29 itens da agenda anticrise apresentada por Renan, ao menos 19 deles já estão sendo discutidos em forma de projeto de lei ou Proposta de Emendas à Constituição pelo Congresso. A "agenda Brasil" traz uma série de medidas divididas em três eixos: ajuste fiscal, melhoria de ambiente de negócios e proteção social. Entre as propostas que são de interesse do governo e já estão sendo debatidas no Congresso está a questão da desoneração da folha do pagamento, a reforma do ICMS e a repatriação de recursos de brasileiros depositados no exterior. A lista também traz bandeiras levantadas pelo próprio Renan, como criar a Instituição Fiscal Independente e aprovar a Lei de Responsabilidade das Estatais. Dos temas que ainda não estão no radar dos parlamentares estão dois bastante polêmicos: a possibilidade de cobrar por serviços do SUS e a simplificação dos processo de licenciamento ambiental. A reforma do PIS/COFINS também não está ainda na pauta do Congresso.

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