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Ao todo, 94 escolas seguem ocupadas por estudantes em todo o estado, 50 delas na capital paulista, segundo o último levantamento do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) divulgado nesta segunda-feira (14). O comando das escolas ocupadas realizará uma assembleia na qual será decidido o rumo do movimento.

EscolasAssembleia

No auge do movimento, em 2 de dezembro, os estudantes chegaram a ocupar 213 escolas, em um protesto histórico contra a “reorganização” do ensino paulista, implementada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), que fecharia 93 escolas e transferiria compulsoriamente pelo menos 311 mil alunos.

“As escolas que continuam ocupadas também estão reivindicando pautas locais, como reuniões da diretoria de ensino com os pais para explicar como ficará a situação dos alunos que já foram transferidos para outras escolas, além de problemas de infraestrutura”, disse o estudante do ensino médio Samuel Marques, que participa do comando das escolas e da ocupação da Fernão Dias Paes, em Pinheiros, na zona oeste da cidade. O colégio, primeiro a ser ocupado na capital paulista, virou um marco no movimento dos secundaristas após passar quatro dias sitiado pela Polícia Militar.

Após 25 dias de luta dos estudantes, o governador veio a público suspender o projeto limitando-se a dizer que os alunos vão continuar nas escolas em que já estudam e que o governo começará a aprofundar esse debate “escola por escola, especialmente com estudantes e pais de alunos”. Ainda assim, parte dos alunos decidiu manter a mobilização até que o governador cancele definitivamente a “reorganização” e apresente um cronograma de reuniões com a comunidade.

Representantes da Secretaria Estadual de Educação asseguraram na sexta-feira (11), em reunião com integrantes da Apeoesp, que os estudantes já transferidos para outras escolas voltarão para suas unidades de ensino de origem e que nenhum aluno ou professor que participou das mobilizações será punido.

O sindicato solicitou que a secretaria formalize, através de um comunicado oficial, como serão os procedimentos para matrículas em escolas que seriam fechadas ou que teriam etapas do ensino cortadas. O órgão informou que o comunicado está sendo redigido e que até 6 de janeiro a situação de todos os estudantes deve ser regularizada.

Na quarta-feira (9), os estudantes organizaram uma grande manifestação, que reuniu pelo menos 15 mil pessoas. “Em um momento de crise econômica, o governo corta gastos dos trabalhadores”, disseram os estudantes em jogral, na concentração do ato. “A luta dos secundaristas de São Paulo é a luta de toda classe trabalhadora contra os ajustes que os governos nos impõe. A luta do aluno que ocupa as escolas é a mesma do operário que resiste ao programa de demissões, à ampliação das terceirizações e aos cortes de direitos trabalhistas.”

Com bandas de fanfarra e entoando palavras de ordem contra Alckmin, o grupo caminhou por três horas, seguindo pela Paulista, avenida 9 de Julho, Viaduto Maria Paula, rua Xavier de Toledo, rua Conselheiro Crispiniano e Avenida São João, até chegar a Praça de República, onde fica a sede da Secretaria de Educação. Lá, o movimento foi violentamente reprimido pela Tropa de Choque da Polícia Militar, que disparou bombas de gás contra os manifestantes. Dez pessoas foram detidas, entre eles um morador da região, que foi agredido com um soco no peito.

Um grupo de estudantes realizou manifestação nesta segunda-feira (14), pedindo melhorias na educação e a suspensão definitiva da reorganização escolar. Os alunos protestaram na região do Butantã, na capital paulista, de forma pacífica, informou a Polícia Militar. Não houve estimativa do número de participantes. O ato teve início às 7h40 e, por volta das 9 horas, bloqueava a Rodovia Raposo Tavares, no cruzamento com a Avenida Benjamin Mansur.


Fonte: RBA e Agência Brasil

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