Mundo Sindical

Alckmin-2Acompanhada de dirigentes do Sintratel, uma comissão dos funcionários da empresa South do Brasil, que sem aviso prévio nem consideração para com os 800 trabalhadores(as) que faziam parte do quadro de funcionários encerrou as atividades, tiveram um encontro com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin no dia 17 de dezembro.

O grupo, liderado pelo presidente do Sintratel, Marco Aurélio Alckmin-3de Oliveira, levou a conhecimento do governador o que está acontecendo no caso que envolve o fechamento da empresa e enfatizou que tudo o que aconteceu foi de caso pensado, pois não havia especulação ou rumores de fechamento, esperaram ficar o mais próximo possível do final de ano para que não desse tempo para entrar com qualquer ação judicial no ano de 2015 e, quando menos se esperava, demitiram todos os funcionários de uma forma suja e inescrupulosa.

Uma das reivindicações da comissão, e talvez a mais urgente no momento, é que o Sindicato possa dar baixa nas carteiras de trabalho dessas pessoas, uma vez que a empresa fechou as portas, os responsáveis sumiram e o RH deteve as carteiras de trabalho de alguns funcionários demitidos e, até o momento, não deu baixa nesses documentos, o que os impede de tentar dar entrada no seguro desemprego.

Alckmin ouviu as reivindicações e prometeu ajudar o Sintratel a tentar resolver da melhor forma possível essa situação.

Nesse sentido, a SRTE – Secretaria Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo, órgão do MRE – se sensibilizou com a situação dos trabalhadores e está imprimindo maior agilidade para fazer as rescisões de contrato e, assim, liberar o FGTS e o seguro desemprego. Já fez várias delas e continuará até o início do recesso de final de ano. Quando retornar, em janeiro, completará as rescisões.

O problema se agrava porque a empresa baixou as portas no último dia 04 de dezembro, uma data muito próxima do recesso e das festas de fim de ano, o que praticamente inviabiliza, ainda para este ano, qualquer tipo de ação trabalhista contra os responsáveis, ou irresponsáveis, pela empresa.

“Fomos pegos de surpresa. A empresa estava trabalhando normal, pagava tudo certinho para todos nós, não estava atrasando salários, ou seja, tudo na normalidade. No dia 30 de novembro, que era para a gente receber comissão e 13º, eles pediram um o prazo de uma semana, o que cairia justamente no dia 04 de dezembro. Ok esperamos, mas no dia combinado, eles fizeram a gente trabalhar até o final do expediente, então eles chamaram todos e comunicaram o fechamento da empresa,” explicou Márcio Romão – coordenador de operações.

Márcio ressaltou que ele e sua esposa eram funcionários da South, ou seja, toda a sua renda familiar saia daquela empresa. Agora todas as suas constas estão em atraso. “Da empresa não espero mais nada. Como o dono não mora em São Paulo, a gente ouve rumores de que ele já está fora do Brasil. Meu pai esta com problema de saúde em Santos e eu não tenho dinheiro para ir vê-lo. Nosso natal acabou!”

Raul dos Santos Menezes – supervisor – descreveu que no dia do fechamento da empresa, todos os funcionários trabalhavam normalmente. O pessoal do turno da manhã, os funcionários do turno da tarde, nada de anormal. Mas quando o relógio bateu 16 horas, o sistema parou de funcionar. “Esperamos por duas horas, quando deu 18 horas, o gerente geral informou que estava demitindo todo mundo. Simples assim.”

Segundo Raul, todos foram instruídos a esperar 10 dias que o RH entraria em contato para pagar todas as despesas, mas esse contato nunca aconteceu. “Não deram uma carta de demissão para a gente, não deram baixa nas nossas carteiras de trabalho e praticamente estamos todos sem nenhum tostão no bolso, porque o último salário que recebemos da empresa foi no 5º dia útil de novembro”.

Por Fábio Ramalho, da UGT

 

 

0
0
0
s2smodern

Adicionar comentário


Código de segurança
Atualizar

Fala operador

Direitos do operador de telemarketing