O documentário 'Rastro de Lama' busca apoio por meio de financiamento coletivo; veja como ajudar
Após mais de cem dias da maior tragédia ambiental do país, em Mariana, Minas Gerais, o rastro de destruição persiste no dia a dia das pessoas atingidas pelo rompimento da barragem da Samarco. Para retratar o desfecho da catástrofe, as diretoras Aline Lata e Helena Wolfenson lançaram um financiamento coletivo com o objetivo de produzir o documentário Rastro de Lama.
A ideia é documentar do início ao fim a tragédia a partir das transformações na vida de dois personagens afetados, Ricardo e Marlon, desde a destruição em Bento Rodrigues até a reconstrução da região. No filme, o futuro incerto será permeado pelo passado de cada um deles, as memórias do desastre, os processos judiciais e o acompanhamento do cronograma de indenização da Samarco.
Reprodução/Helena Wolfenson
O documentário busca ajuda em financiamento coletivo
O projeto será dividido em três etapas, sendo que a primeira parte, de pesquisa, já foi realizada; a segunda será viabilizada através do financiamento coletivo e o resultado final será um curta-metragem; a terceira parte, o longa-metragem, será feito por meio de editais de cinema. Quer contribuir com o documentário? Clique aqui e siga as instruções para fazer a sua doação.
Como surgiu o projeto
Doze dias após a tragédia, Aline e Helena saíram de São Paulo rumo a Mariana e lá foram aos subdistritos atingidos: Bento Rodrigues, Paracatu, Pedras, Camargos, Barra Longa, Gesteira e Barreto. A ideia do documentário nasceu a partir da experiência nesses locais.
Durante esse tempo, as diretoras conheceram algumas pessoas de Bento Rodrigues, dentre elas Marlon e Ricardo, que as levaram para ver o que sobrou do lugar onde cresceram. A partir daí, surgiu a vontade de ir mais a fundo e acompanhar o desenrolar dessa história.
Reprodução/Helena Wolfenson
A ideia é acompanhar o futuro incerto do maior desastre ambiental do Brasil
Personagens
O ponto de partida do documentário é a história de Ricardo e Marlon, que conseguiram fugir da onda de lama que levou tudo o que tinham.
De acordo com a página do projeto, a única coisa que Ricardo teve tempo de pegar foi a sua avó e a roupa do corpo. Já Marlon, cuja casa estava um pouco mais no alto, conseguiu salvar a maioria de seus pertences.
A partir do material já captado no primeiro contato das diretoras com os personagens, elas pretendem retornar para Mariana e aprofundar suas histórias, seguindo viagem pelo rastro que a lama deixou até Linhares, no Espírito Santo.
Reprodução/Aline Lata
O ponto de partida do documentário é a história de Ricardo e Marlon
Assista ao trailer do documentário:
