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Após as negociações o Sintratel fez assembleias em várias empresas, consultando os trabalhadores e garantindo participação da categoria no fechamento da Convenção Coletiva de Trabalho!

Veja AQUI boletim de fechamento da Campanha Salarial 2018. 

O fantasma da Reforma Trabalhista rondou todo o processo das negociações entre o Sintratel (sindicato laboral) e o Sintelmark (sindicato patronal).

Essa reforma, imposta pelo governo Temer, e alertada inúmeras vezes pelos movimentos sociais organizados, foi feita sob medida para atender os interesses patronais. Foram retrocessos e perdas aos trabalhadores de diversas categorias, e tiveram reflexos também nas negociações do setor do Telemarketing. 

Desmentindo o que se dizia, a reforma trabalhista não gerou mais empregos como prometiam, mudou a CLT a favor dos empresários e impôs várias regras que deixam os trabalhadores entregues à própria sorte. E ao contrário do que a grande mídia vem fazendo campanha, somente sindicatos fortes (categoria organizada e filiad@s) terão condições de obter condições dignas de trabalho e salários.

A reforma enfraqueceu a legislação ao ressaltar o negociado acima do legislado, obrigando os trabalhadores a renegociarem cada item da Convenção, fazendo o que está na lei virar letra morta.

 Além disso, a Reforma criou a possibilidade do acordo individual entre trabalhador e a empresa. O patronal adorou isso, porque pode pressionar e impor seus interesses aos trabalhadores, retirando direitos, numa negociação individual, onde ficamos isolados e sozinhos.

Ocorreram inúmeros acordos desse tipo depois de 11 de novembro, data em que a reforma passou a vigorar. Isso levou muitos trabalhadores a abrir mão de vários direitos conquistados anteriormente, o que tornou ainda mais difícil as negociações das Convenções Coletivas.

O fato é que a reforma trabalhista trouxe uma nova realidade às negociações. Além de mudar regras e leis a favor dos empresários, deixou as Entidades Sindicais enfraquecidas estruturalmente. Com as entidades desguarnecidas, os patrões puderam colocar sua volúpia em prática, e as entidades sucumbiram.

O resultado disso é a assinatura de inúmeros acordos coletivos com prejuízos aos direitos e conquistas anteriores. E isso ocorreu porque os trabalhadores perderam força frente à estrutura empresarial.

Manutenção dos direitos e reposição da inflação

Nesse contexto, a negociação feita pelo Sintratel para a Convenção Coletiva do setor de Telemarketing de 2018, teve o mérito de manter as cláusulas anteriores da C.C.T. e repor as perdas da inflação do período nos salários, elevando o piso dos operadores e operadoras para R$ 977,00. 

Um aumento significativo, num cenário onde vimos o salário mínimo nacional sofrer um desconto de R$10,00 no valor final. 

Sendo assim, tivemos um resultado consistente frente à insistência patronal em usar as prerrogativas da reforma nas negociações. 

O tempo todo eles se espelharam em negociações e convenções assinadas país afora após a reforma, sempre com grandes perdas aos trabalhadores, devemos ressaltar.

Foi nesse momento de retrocessos históricos impostos pelo governo patronal de Temer e por um congresso Nacional recheado de corruptos, com muita dificuldade, 2 meses após nossa data base (1° de janeiro) encerraram as negociações.

Mas ficou claro, que somente a organização e a mobilização das categorias poderão fortalecer a luta da categoria frente a nova realidade imposta pela Reforma trabalhista.

 

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