Marcel Ávila/Prefeitura de Pelotas-RS Fonte: Agência Câmara de Notícias

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Levantamento da Consultoria Mais Diversidade mostra que as empresas têm falado mais sobre inclusão, mas a realidade ainda é outra. Pelo menos 20% dos trabalhadores têm medo de expor e sofrer consequências por conta de sua orientação sexual e identidade de gênero

O ambiente nas empresas ainda não é acolhedor com a comunidade LGBTQIA+. De acordo com uma pesquisa da consultoria Mais Diversidade, até 55% dos trabalhadores LGBTQIA+ falam tranquilamente sobre sua orientação sexual e identidade de gênero com todos os colegas. Mas 20% dos entrevistados afirmam que, ainda hoje, não conversam com ninguém sobre o tema com medo da exposição e das consequências no trabalho. 

Esse índice fica ainda maior quando questionados sobre a abordagem da orientação sexual e identidade de gênero com os chefes. Ao menos 85% dos profissionais disseram não falar explicitamente sobre o assunto com as suas lideranças. Na análise do coordenador do Coletivo LGBT do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Anderson Pirota, isso ocorre porque os desafios aumentam ainda mais para o trabalhador LGBTQIA+. “Além de provar que tem uma certa formação para exercer determinada função dentro de uma empresa, ele ainda tem que provar que é competente tanto ou até mais que um outro trabalhador”, analisa ao repórter Jô Miyagui do Seu Jornal, da TVT. 

Na pesquisa “O Cenário Brasileiro LGBTI+”, 55% responderam que ter LGBTs em cargos executivos “é muito importante”, e 45% entendem que as empresas precisam dar oportunidades de desenvolvimento de carreira. Especialistas consultados pela reportagem afirmam que as empresas têm discutido inclusão, mas a realidade é diferente. 

 

Combate à LGBTFobia

O advogado Isaac Porto alerta que a possiblidade do trabalhador expressar quem ele realmente é “permite inclusive que ele desenvolva muito mais as suas habilidades. Porque a energia que você gasta se escondendo e preocupado com comentários, olhares, posicionamentos institucionais ou pequenos comportamentos pessoais que fazem diferença no dia a dia. Tudo isso limita imensamente justamente as possiblidade de crescimento de entrega do profissional.” 

A avaliação é que as empresas têm um papel importante na diminuição da LGBTfobia. Principalmente nesse momento em que, graças à atuação de movimentos sociais, parte da população abraçou a causa LGBTQIA+. Mas a ascensão do conservadorismo também acentuou o preconceito em outra parte da sociedade. 

 

Fonte: Rede Brasil Atual

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