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A Organização Mundial de Saúde incluiu a "Síndrome de Burnout" na nova revisão da CID, a Classificação Internacional de Doenças.

O Burnout foi definido como o resultado de um estresse crônico no trabalho. A inserção da síndrome na lista vai ajudar a fixar diretrizes baseadas em evidências sobre o bem-estar mental nos diversos locais de trabalho.

A nova classificação feita pela OMS, que reconheceu a síndrome de Burnout como uma doença diferente da depressão ou da ansiedade, entrará em vigor apenas em 2022, mas serve como um alerta para a relação entre saúde mental e trabalho.

O esgotamento profissional foi cunhado com o termo “Burnout”, nos anos 80. Desde então, novos estudos foram feitos para tentar entender os danos à saúde mental, causados por uma longa exposição a uma condição ou ambiente de trabalho estressante. Estudos apontam que vários fatores podem, a longo prazo, causar a síndrome, porém, a questão profissional tem um peso maior. 

Como em nosso setor o contato humano é diário e muitas vezes estressante, com metas e pontuações constantes, devemos nos manter atentos, já que as pessoas expostas, anos a fio, a essas condições são mais propensas a desenvolver esse problema.

Os principais sintomas da doença são constante desânimo, crises de pânico, choro fácil, tonturas, dor de cabeça e similaridades com quadros de depressão e transtorno de ansiedade generalizada. O diagnóstico não é fácil e os tratamentos vão além de medicamentos e acompanhamento psicológico.

As características da síndrome se tornam também uma questão trabalhista e de saúde pública, chamando atenção para as condições de trabalho da atualidade, tornando necessária a criação de políticas públicas de reinserção de pacientes no mercado de trabalho, para que eles não sejam ainda mais prejudicados por conta da síndrome.

Especialistas apontam que a solução desse problema é coletiva, e que a discussão sobre as relações de trabalho são essenciais para que se saiba lidar com a doença. Além disso, as intervenções médicas não são suficientes se não forem acompanhadas de uma mudança de vida, que podem significar afastamentos ou redirecionamento da carreira, por exemplo.

Além de medicação, psicoterapia, alguns epecialistas apontam até a importância da atividade física como tratamento do Burnout. Fato é, que a mudança de hábitos, como passar a fazer exercícios físicos cotidianamente, assim como, implementar comportamentos mais saudáveis são fundamentais para a recuperação das pessoas acometidas por esta síndrome, assim como no combate de diversos outros males que estão presentes no conturbado mundo do trabalho contemporâneo.

 

*Marcisio Moura, é Diretor de Relações Institucionais e Comunicação e Imprensa do Sintratel e Diretor de Comunicação UGT-SP. 

 

Saiba mais...

Descrição:
Síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso, definido por Herbert J. Freudenberger como "(…) um estado de esgotamento físico e mental cuja causa está intimamente ligada à vida profissional".

A síndrome de Burnout (do inglês to burn out, Algo como queimar por completo), também chamada de Síndrome do esgotamento Profissional, foi assim denominada pelo psicanalista alemão Freudenberger, após constatá-la em si mesmo, no início dos anos 1970.

Seria o desejo de ser o melhor e sempre demonstrar alto grau de desempenho, outra fase importante da síndrome: o portador de Burnout mede a autoestima pela capacidade de realização e sucesso. O que tem início com satisfação e prazer termina quando esse desempenho não é reconhecido. Nesse estágio, a necessidade de se afirmar e o desejo de realização se transformam em obstinação e compulsão; o paciente nesta busca sofre, além de problemas de ordem psicológica, forte desgaste físico, gerando fadiga e exaustão. É uma patologia que atinge membros da Área da Saúde, Segurança Pública, setor bancário, Educação, Cartorários, Tecnologia da informação, Gerentes de Projetos, jornalistas, advogados, pilotos, cientistas, professores e até mesmo voluntários.

Estágios:

  1. Dedicação intensificada - com predominância da necessidade de fazer tudo sozinho e a qualquer hora do dia (imediatismo);
  2. Descaso com as necessidades pessoais - comer, dormir, sair com os amigos começam a perder o sentido;
  3. Aversão a conflitos - o portador percebe que algo não vai bem, mas não enfrenta o problema. É quando ocorrem as manifestações físicas;
  4. Reinterpretação dos valores - isolamento, fuga dos conflitos. O que antes tinha valor sofre desvalorização: lazer, casa, amigos, e a única medida da autoestima é o trabalho;
  5. Negação de problemas - nessa fase os outros são completamente desvalorizados, tidos como incapazes ou com desempenho abaixo do seu. Os contatos sociais são repelidos, cinismo e agressão são os sinais mais evidentes;
  6. Recolhimento e aversão a reuniões (recusa à socialização; evitar o diálogo e dar prioridade aos e-mails, mensagens, recados etc);
  7. Despersonalização (momentos de confusão mental onde a pessoa não sente seu corpo como habitualmente. Pode se sentir flutuando ao ir ao trabalho, tem a percepção de que não controla o que diz ou que fala, não se reconhece). Mudanças evidentes de comportamento (dificuldade de aceitar certas brincadeiras com bom senso e bom humor);
  8. Tristeza intensa - marcas de indiferença, desesperança, exaustão. A vida perde o sentido. Vazio interior e sensação de que tudo é complicado, difícil e desgastante;
  9. Colapso físico e mental.
  10. Esse estágio é considerado de emergência e a ajuda médica e psicológica se tornam uma urgência.

 

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