A luta em defesa dos direitos humanos da mulher ganhou um reforço com o lançamento da Frente Parlamentar, no Dia Internacional da Mulher. Segundo a presidente da Frente, deputada Ana Perugini (PT-SP), um dos principais objetivos do trabalho das parlamentares é aumentar a representação feminina nos espaços de poder.
O novo colegiado vai ampliar ao espaço de discussão e debate sobre propostas que tramitam no Congresso sobre o aumento da representatividade da mulher na política. O Brasil ocupa, atualmente, o 156º lugar no ranking de presença de mulheres no Parlamento, uma das últimas posições no mundo.
Para a procuradora da Mulher do Senado, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) , elencou as prioridades da frente. “A participação política maior e os direitos humanos, pelo respeito à diversidade e combate aos preconceitos de raça, classe social, idade, crença religiosa e orientação sexual", disse.
Defesa da democracia
A deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) defende a manutenção da democracia frente a tentativas sucessivas de golpe ao estado e suas instituições. Segundo a parlamentar, “o principal direito humano que a mulher precisa é a democracia. Neste momento que o país está vivendo, é preciso reafirmar a liberdade e a democracia como direitos inalienáveis. Essas discussões precisam envolver as mulheres diretamente”.
A deputada Angela Albino (PCdoB-SC) observa que no Brasil, em diversas áreas, as mulheres têm seus direitos desrespeitados, ganhando 22% a menos do que os homens. E, dependendo da profissão, essa diferença chega a 40%. “É importante ter um espaço como este, de articulação para discutir equiparação salarial, saúde, segurança alimentar, moradia. Direitos que são inalienáveis”, afirma.
E a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) diz que o esforço do Congresso será em torno de uma pauta articulada de emancipação, que permita a construção de legislações garantidoras de direitos. “Quando você fala direitos humanos das mulheres, você diz que não é uma questão só das mulheres. A conquista de espaços políticos nas casas legislativas é uma pauta que importa para toda sociedade”, destaca Jandira.