Categorias

Documento analisa situação em 156 países e dedica 5 páginas ao Brasil



Violência policial, dificuldade da população em acessar direitos básicos, demora na demarcação de terras indígenas e na titulação de territórios quilombolas são alguns dos aspectos que a organização não governamental (ONG) Anistia Internacional resgatou para descrever o Brasil no relatório O Estado Dos Direitos Humanos no Mundo, divulgado nesta quarta-feira (24).

O documento contém análises de 156 países e dedica cerca de cinco páginas ao Brasil. No início do capítulo sobre o país, destaca-se que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu seu terceiro mandato com uma tentativa de golpe de Estado, que culminou na condenação de 30 pessoas até dezembro de 2023. Até março deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou 130 pessoas por envolvimento com os atos, responsabilizadas por crimes como associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e deterioração de patrimônio tombado.

A organização lembra ainda que o principal oponente de Lula, o ex-presidente Jair Bolsonaro, tornou-se inelegível por oito anos, até 2030, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A corte chegou a negar recurso ao qual Bolsonaro tinha direito, mantendo seu entendimento quanto à questão.

A seção que trata do Brasil foi subdividida em direitos econômicos, sociais e culturais; uso excessivo da força; impunidade; pessoas defensoras dos direitos humanos; direito a um meio ambiente saudável; direito dos povos indígenas; violência sexual e de gênero; e direitos sexuais e reprodutivos. A Anistia recordou eventos climáticos recentes que afetaram a população de diversos estados, como São Paulo, Acre, Maranhão e Pará, além de Manaus, com dezenas de milhares de pessoas atingidas. No caso do Acre, o contingente chegou a 32 mil pessoas, de acordo com o relatório.

Truculência policial
Outro problema ainda em aberto, ressalta a organização, é o total de 394 pessoas mortas durante ações policiais na Bahia, no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde foram realizadas as operações Escudo e Verão, uma seguida da outra, para apurar denúncias de violações de direitos humanos. Foram mencionadas, no documento, apenas as mortes do período de julho a setembro de 2023, o que pressupõe que o número é ainda maior e a situação mais grave.

A conduta dos policiais que atuaram nas operações Escudo e Verão, que abrangeram a Baixada Santista foi questionada inúmeras vezes. Uma das organizações que cobraram explicações das autoridades, anteriormente, foi a Human Rights Watch. O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) também alertou para os abusos, salientando, após enviar uma comitiva que coletou depoimentos de pessoas ligadas às vítimas, que os agentes de segurança cometeram, inclusive, torturas.

"Intervenções policiais continuaram a causar a morte de crianças e adolescentes. Em 7 de agosto, Thiago Menezes, de 13 anos, foi morto ilegalmente pela polícia quando passeava em uma motocicleta. Em 4 de setembro, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro decretou a prisão preventiva de quatro policiais envolvidos no homicídio. Em 12 de agosto, Eloah Passos, de 5 anos de idade, foi atingida por uma bala perdida enquanto brincava dentro de casa. Em 16 de agosto, Heloísa Santos, de três anos, morreu após ser baleada por um policial quando estava dentro de um carro com sua família", lembra a ONG em outro trecho do relatório.

O conjunto de fatos que a organização registra sobre os casos de impunidade de policiais também preocupa. "O uso ilegal da força pela polícia continuou sem ser investigado de forma rápida ou eficaz. O desaparecimento forçado de Davi Fiuza, de 16 anos, durante batida policial em Salvador, na Bahia, em 2014, permaneceu sem solução. Três policiais indiciados pelo assassinato do ativista Pedro Henrique Cruz em 2018 em Tucano, também na Bahia, ainda não haviam sido levados a julgamento, e sua mãe, Ana Maria, continuava a sofrer ameaças e intimidações", diz a Anistia, que enviou representantes a uma reunião com o procurador-geral de Justiça do Ministério Público da Bahia, Pedro Maia, no último dia 16, para tratar da execução do ativista Pedro Henrique Santos Cruz, que militava contra a violência policial no estado.

 

Fonte: Agência Brasil

Imagem: Arquivo ABr - Estudantes que não compareceram aos dois dias de provas do Enem em 2023 e desejam participar da edição de 2024 gratuitamente também têm até o dia 26 de abril para justificar a ausência

Confira o cronograma para pedir isenção na taxa de inscrição do Enem, principal instrumento de acesso ao ensino superior público do Brasil

Os estudantes da rede pública que estão prestes a concluir o ensino médio em 2024 têm oportunidade de fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de forma gratuita. Para isso, é necessário solicitar a isenção da taxa de inscrição ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O prazo vai até a próxima sexta-feira, 26 de abril.

A isenção da taxa de inscrição é um direito dos seguintes grupos:

    Estudantes matriculados na 3ª série do ensino médio em escola pública neste ano.
    Quem cursou todo o ensino médio em escola pública ou como bolsista integral em escola privada.
    Pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica, registradas no Cadastro Único para programas sociais do governo federal (CadÚnico).
    Participantes do programa Pé-de-Meia, do Ministério da Educação (MEC).

Para solicitar a isenção, os interessados devem acessar a Página do Participante no portal do Inep, utilizando o login único do Gov.br. Caso tenham esquecido a senha, é possível recuperá-la seguindo as orientações disponíveis na plataforma.

    Alunos do 3° ano terão incentivo financeiro para participar do Enem

Justificativa de ausência e Programa Pé-de-Meia

Além disso, os estudantes que não compareceram aos dois dias de provas do Enem em 2023 e desejam participar da edição de 2024 gratuitamente também têm até o dia 26 de abril para justificar a ausência.

O programa Pé-de-Meia, de criação do MEC, tem objetivo de buscar a permanência e conclusão escolar de estudantes matriculados no ensino médio público. Uma das vantagens desse programa é oferecer incentivos como o auxílio de R$ 200 aos estudantes que participarem do Enem e concluírem o ensino médio.
Importância do Enem

O Enem, ao longo de mais de duas décadas, consolidou-se como a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil. O exame é fundamental para o acesso ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Programa Universidade para Todos (Prouni) e Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Além disso, os resultados individuais do Enem valem para processos seletivos de instituições portuguesas que mantêm convênio com o Inep. Essa parceria facilita o acesso de estudantes brasileiros ao ensino superior em Portugal.

Cronograma

  • Solicitação de isenção da taxa/Justificativa de ausência: 15 a 26 de abril
  • Resultado das solicitações de isenção da taxa/Justificativa de ausência: 13 de maio
  • Período de recursos: 13 a 17 de maio
  • Resultado dos recursos: 24 de maio

    Fonte: Redação RBA

Fala operador

Direitos do operador de telemarketing