Aconteceu

Gerar empregos? A reforma trabalhista não cumpriu o que seus arautos profetizaram. O Brasil amarga uma das piores crises de desemprego da sua história. São 30 milhões de brasileiros e brasileiras desempregados, desalentados ou subutilizados no mercado de trabalho.

Até agora, a lei que baseou a tal reforma deu vida apenas à dificuldade de acesso à Justiça do Trabalho. Está causando seu esvaziamento da Justiça do Trabalho, com queda de 40% no número de ações.

Isso resulta das dificuldades criadas para acesso, entre elas o fim da gratuidade para o trabalhador, em caso de perda no processo, o que faz o trabalhador arcar com os custos da justiça do trabalho, possível multa e até os honorários do advogado da empresa.

Este parece ser o grande resultado visível da iniquidade da lei com as barreiras criadas por ela ao acesso à Justiça do Trabalho.

O agregado dos números divulgados merece uma análise mais criteriosa que leve em conta o resultado das ações julgadas (houve um aumento do valor médio das indenizações) e os recursos às outras instâncias (houve um aumento de recursos às instâncias superiores) e não apenas o número de novas ações dificultadas pelas regras restritivas e encarecedoras.

O presidente da Anamatra, Guilherme Feliciano, declarou à Folha de São Paulo que “a reforma é como um dique. Em algum momento ele romperá e o volume dos processos e a insatisfação dos trabalhadores voltarão a fluir”. Ou seja, embora tendo diminuído provisoriamente o número de ações, a insegurança jurídica continuará aumentando. Trata-se de uma trágica vitória da insegurança jurídica.

O Sintratel oferece inúmeros convênios com descontos e facilidades substanciais para os filiados cursarem uma faculdade.

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Se você já começou a faculdade ou pretende começar em breve e espera com isso ganhar um aumento de salário, vai adorar esta notícia! O relatório de 2016 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revelou o impacto da educação superior no mercado de trabalho do Brasil. De acordo com o documento, um trabalhador que fez graduação ganha mais do que o dobro do que aqueles que estudaram até o Ensino Médio.

A diferença é ainda mais gritante quando se fala em níveis acadêmicos mais elevados. Segundo a OCDE, os trabalhadores que têm mestrado ou doutorado chegam a ganhar salários mais de quatro vezes maiores do que as pessoas que têm até o Ensino Médio.

Os dados do relatório mostram o quanto o mercado de trabalho brasileiro valoriza a educação. Sinal de que o esforço recompensa com aumento de salário! Mas, infelizmente, isso pode estar relacionado à baixa escolaridade média da população do País em geral. É a famosa lei da oferta e da procura.

Quanto menos pessoas qualificadas há no mercado, mais difícil é encontrá-las. Por isso, os empregadores preferem pagar salários mais altos para não correr o risco de perdê-las para a empresa concorrente com uma simples oferta de aumento de salário.

De acordo com a OCDE, a cada 100 brasileiros adultos, apenas 14 chegaram ao Ensino Superior. Isso é muito pouco comparado à média dos 46 países analisados, que é de 35 a cada 100 adultos. Com esse índice, o Brasil fica atrás de países da América Latina como Chile (21%), Colômbia (22%), Costa Rica (23%) e México (16%).

Apesar de a população brasileira ainda ter um longo caminho a avançar com relação ao acesso ao Ensino Superior, o relatório destaca que já existe uma tendência de evolução. Entre as pessoas com 25 a 34 anos, 16% chegaram ao Ensino Superior, enquanto que entre a geração mais velha, de 55 a 64 anos, apenas 11% alcançaram esse nível de graduação acadêmica. Ou seja, quanto mais jovem a geração, maior a porcentagem que chega à faculdade.

Os dados da OCDE comprovam que se você quer crescer as suas chances de ser mais valorizado pelo mercado de trabalho brasileiro e ganhar um aumento de salário, vale muito a pena investir nos estudos.

O profundo pesar que espraiou pela população brasileira após o bárbaro assassinato da Vereadora Marielle Franco atingiu igualmente a Diretoria do Sintratel e, certamente, toda a categoria.

Aturdidos e profundamente sensibilizados prestamos os mais sinceros sentimentos à família, amigos e ao povo humilde das comunidades da Maré por essa irreparável perda.

O crime contra Marielle atinge a todos nós que almejamos um país mais justo e menos desigual, a ampliação de direitos sociais e trabalhistas, e nesse momento em forte resistência para que eles não nos sejam tirados, uma vez que os trabalhadores estão sob forte ataque de forças conservadoras a serviço dos interesses do capital.

Marielle representava o que pode ter de melhor na política brasileira.

Uma mulher negra, mãe, pobre, lutadora, uma voz de resistência e combate às atrocidades sociais e humanas que são praticadas contra os mais humildes, despossuídos, marginalizados e esquecidos pelo estado nas favelas do Rio de Janeiro e nas periferias de todo o país.

Esse é o novo que todos buscamos.

Nele está a possibilidade do olhar social e humano na política, da justiça e da honestidade que só pode ter aquele que não está a serviço das forças econômicas e mercadológicas dominantes.

A voz de Marielle estará sempre presente como um grito de liberdade e justiça na garganta de todo povo humilde, de cada trabalhador, mulher, homem, jovem e criança negra e branca.

MARIELLE FRANCO PRESENTE, HOJE E SEMPRE!!!

Veja texto publicado na Folha de São Paulo

Vereadora do PSOL é morta a tiros no Rio de Janeiro

A vereadora Marielle Franco (PSOL), 38, foi morta na noite desta quarta (14) na rua Joaquim Palhares, no Estácio, zona norte do Rio.

Ela e o motorista do carro em que estavam foram baleados e ambos morreram. Uma assessora que a acompanhava sobreviveu. 

A polícia interditou a rua e realiza uma perícia no local. Testemunhas ouviram cerca de dez tiros no momento do crime.

Ela voltava do evento "Jovens Negras Movendo as Estruturas", uma roda de conversa na Lapa (centro), quando foi interceptada pelos criminosos.

A vereadora era aliada do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), que ficou em segundo lugar na eleição para prefeito do Rio.

 Freixo e correligionários compareceram ao local do crime. O deputado disse que todas as características indicam ter se tratado de uma execução e que vai cobrar providências.

Segundo ele, nem o partido e nem a família de Marielle sabiam de ameaças contra ela. "Cabe à polícia investigar. Há caminhos para se investigar esse crime", afirmou.

Para ele, a morte de Marielle "é um crime contra a democracia, um crime contra todos nós."

Chorando, disse que a conheceu jovem, há dez anos, quando ela começou a trabalhar com o deputado.

 "Era uma pessoa muito importante na luta contra o racismo no Rio", disse ele.

A terceira ocupante do carro, sua assessora de imprensa, vai prestar depoimento à Delegacia de Homicídios. Ela foi ferida por estilhaços.

DENÚNCIA

Nascida e criada no Complexo da Maré, uma das regiões mais violentas da cidade, Marielle foi a quinta vereadora mais votada do Rio nas eleições de 2016, com 46.502 votos.

Na Câmara, presidia a Comissão da Mulher e, no mês passado, foi nomeada relatora da comissão que acompanhará a intervenção federal na segurança pública do Rio. 

O vereador Tarcísio Motta (PSOL-RJ), colega muito próximo de Marielle, afirmou que o acompanhamento da intervenção ainda era muito incipiente. No momento, acompanhavam denúncias sobre a atuação da Prefeitura na Vila Kennedy, favela na zona oeste do Rio que foi escolhida como laboratório da intervenção. Na última sexta-feira (9), uma ação de choque de ordem na favela destruiu quiosques de comerciantes e provocou a revolta de moradores.

Marielle era contra a ação. No mês passado, ela disse que a intervenção federal era uma farsa. “E não é conversa de hashtag. É farsa mesmo. Tem a ver com a imagem da cúpula da segurança pública, com a salvação do PMDB, tem relação com a indústria do armamentismo”, afirmou.

No dia 10, ela publicou um texto em suas redes sociais denunciando abusos do 41º batalhão da PM contra moradores da favela de Acari. “Nessa semana dois jovens foram mortos e jogados em um valão. Hoje a polícia andou pelas ruas ameaçando os moradores. Acontece desde sempre e com a intervenção ficou ainda pior”, dizia um trecho.

O 41º batalhão é historicamente um dos que mais registrou mortes em decorrência de oposição à intervenção policial. Foi lá que Maria Eduarda da Conceição, 13, foi morta a tiros em frente à escola onde estudava, em março de 2017.

Freixo disse que não acredita que as denúncias de Marielle sobre mortes em Acari tenham relação com o crime. "Muitos fizeram denúncias, inclusive ela, que é o que cabia a ela como figura pública, mas foram denúncias genéricas, e não contra um grupo específico."

Tarcísio também disse que ela jamais havia relatado nenhuma ameaça. Como eram amigos e trabalhavam juntos, acredita que saberia se houvesse.

Ele disse ainda que a morte de Marielle não muda a posição do partido contrária à intervenção federal na segurança pública. "Essa era também a posição e seria a vontade dela", disse ele.

Segundo ele, o partido teme que haja um desejo de que a intervenção seja mais dura após o crime. 

TRAJETÓRIA

Socióloga e mestre em administração pública, escolheu a UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), idealizada pelo governo de Sérgio Cabral, como tema da tese de mestrado na UFF (Universidade Federal Fluminense) —o título do trabalho é "UPP: a Redução da Favela a Três Letras".

Atuou em organizações como a Brasil Foundation e o Ceasm (Centro de Ações Solidárias da Maré) e, na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), assessorou Freixo na coordenação da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos

Marielle foi mãe aos 19 anos. Em seu site, ela afirma ter iniciado sua militância em direitos humanos após ingressar no curso pré-vestibular da comunidade e perder uma amiga, "vítima de bala perdida, num tiroteio entre policiais e traficantes no Complexo da Maré".

REPERCUSSÃO

O governo federal afirmou que toda a apuração do assassinato da vereadora e informou que o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, falou com o interventor federal no estado, general Walter Braga Netto, e colocou a Polícia Federal à disposição para auxiliar em toda investigação.

Por meio de nota, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), lamentou "o brutal assassinato da vereadora Marielle Franco cuja honradez, bravura e espírito público representavam com grandeza inigualável as virtudes da mulher carioca". 

Em nota, o PSOL exigiu apuração imediata e rigorosa do crime e destacou a atividade política da vereadora. "A atuação de Marielle como vereadora e ativista dos direitos humanos orgulha toda a militância do PSOL e será honrada na continuidade de sua luta". 

O presidente da OAB/RJ, Felipe Santa Cruz, disse que vai cobrar uma imediata e rigorosa apuração do crime. “A OAB/RJ não vai descansar enquanto os culpados não forem devidamente punidos. Os tiros contra uma parlamentar eleita e em pleno cumprimento do mandato atingem o próprio Estado democrático de Direito”, disse.

 Em nota, a Anisita Internacional disse que o estado deve garantir uma investigação imediata e rigorosa do assassinato da vereadora. 

"Marielle Franco é reconhecida por sua histórica luta por direitos humanos, especialmente em defesa dos direitos das mulheres negras e moradores de favelas e periferias e na denúncia da violência policial. Não podem restar dúvidas a respeito do contexto, motivação e autoria do assassinato de Marielle Franco."

VIOLÊNCIA

O Rio de Janeiro passa por uma grave crise política e econômica, com reflexos diretos na segurança pública. Desde junho de 2016, o estado está em situação de calamidade pública e conta com o auxílio das Forças Armadas desde setembro do ano passado.

Não há recursos para pagar servidores e para contratar PMs aprovados em concurso. Policiais trabalham com armamento obsoleto e sem combustível para o carro das corporações. Faltam equipamentos como coletes e munição.

A falta de estrutura atinge em cheio o moral da tropa policial e torna os agentes vítimas da criminalidade. Somente neste ano, 16 PMs foram assassinados no estado —foram 134 em 2017.

Policiais, porém, também estão matando mais. Após uma queda de 2007 a 2013, o número de homicídios decorrentes de oposição à intervenção policial está de volta a patamares anteriores à gestão de José Mariano Beltrame na Secretaria de Segurança (2007-2016). Em 2017, 1.124 pessoas foram mortas pela polícia.

Em meio à crise, a política de Unidades de Polícia Pacificadora ruiu —estudo da PM cita 13 confrontos em áreas com UPP em 2011, contra 1.555 em 2016. Nesse vácuo, o número de confrontos entre grupos criminosos aumentou.

Com a escalada nos índices de violência, o presidente Michel Temer (MDB) decretou a intervenção federal na segurança pública do estado, medida que conta com o apoio do governador Luiz Fernando Pezão, também do MDB.

Temer nomeou como interventor o general do Exército Walter Braga Netto. Ele, na prática, é o chefe das forças de segurança do estado, como se acumulasse a Secretaria da Segurança Pública e a de Administração Penitenciária, com PM, Civil, bombeiros e agentes carcerários sob o seu comando. Braga Netto trabalha agora em um plano de ação.

Apesar da escalada de violência no Rio, que atingiu uma taxa de mortes violentas de 40 por 100 mil habitantes no ano passado, há outros estados com patamares ainda piores. 

No Atlas da Violência 2017, com dados até 2015, Rio tinha taxa de 30,6 homicídios para cada 100 mil habitantes, contra 58,1 de Sergipe, 52,3 de Alagoas e 46,7 do Ceará, por exemplo.

Fonte: Folha de SP

TuiutiTemer 1140x545A Escola de Samba carioca Paraíso do Tuiuti causou surpresa e sensação no desfile carioca. Até a Globo, com sua cobertura cheia de detalhes, ficou sem saber o que fazer e deixou clara sua parcialidade a favor do governo e do roubo de direitos dos trabalhadores.

Os desfiles luxuosos, com fantasias e alegorias caras, acessíveis só a endinheirados relegou o povo a empurrar os carros alegóricos gigantescos e a assistir a tudo da TUIUTI 2arquibancada ou na TV. Para muitos, acabou o carnaval popular, que punha o povo na avenida e expressava suas preocupações e mazelas. Popular nos últimos anos, só os blocos.

Mas a Tuiuti sacudiu a poeira. Seu desfile mexeu na ferida exposta do Brasil atual. Levou à avenida um presidente vampiro assaltante de direitos de um povo sofrido, que ainda convive com os efeitos de séculos de excravidão.

O enredo centrou nos 130 anos da Lei Áurea. Mas foi muito além ao atualizar TUIUTIespetacularmente a escravidão que persiste com outra roupagem. Um bom texto circulou nas redes sociais dando conta disso, veja abaixo:

A Paraíso do Tuiuti entrou na avenida com um visual impactante desde o carro abre-alas. Com fantasias de fácil leitura e requinte e enredo engajado, foi conquistando a simpatia do público ao longo de seu cortejo. A comissão de frente, do coreógrafo Patrick Carvalho, conquistou o público com um truque simples, em que pretos velhos se transformavam em escravos. A ótima bateria de Mestre Ricardinho valorizou ainda mais o samba-enredo, defendido com muita garra pelos intérpretes Nino do Milênio, Grazzi Brasil e Celsinho Mody --os dois últimos, reforços vindos do Carnaval de São Paulo. O último setor, elaborado pelo carnavalesco Jack Vasconcelos para protestar contra a redução dos direitos trabalhistas, arrebatou o público com fantasias em que carteiras de trabalho apareciam rasgadas e patinhos da Fiesp batiam panelas manipulados com marionetes. Um vampiro representou o presidente Michel Temer no último carro. De virtual rebaixada, a escola de São Cristóvão saiu da avenida aclamada.

Já o UOL realçou o baile que a Rede Globo levou, com o texto “Globo demora 12 horas para perceber que Vampiro Neoliberalista na Sapucai era Temer”. Veja o texto abaixo:

Na era das redes sociais, nada passa despercebido. Muita gente que assistiu ao desfile da escola de samba Paraíso do Tuiuti na Sapucaí manifestou via Twitter e Facebook que faltaram comentários e até legendas mais precisas, por parte dos narradores e apresentadores responsáveis pela transmissão na Globo, sobre as informações trazidas pela escola.

Quem era, afinal, o “vampiro neoliberalista” que ostentava a faixa presidencial? Quem? Ninguém na tela da Globo mencionou seu nome durante a transmissão.

Ainda no “Bom Dia Brasil”, nada de identificá-lo. Só lá pelas 13h15, durante o “Jornal Hoje”, mais de dez horas depois do desfile, o jornalismo da Globo, sempre tão ávido pela informação em primeira mão, associou o vampiro da Paraíso ao presidente Michel Temer.

O delay em relação às rede sociais e a outros noticiários foi gritante. Também no “Hoje”, o pato presente no desfile foi finalmente associado à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.

Eis aí outra informação que não apareceu nem durante o desfile nem no “Bom Dia Brasil”. O didatismo na Globo não costuma falhar, ao contrário, normalmente é até cansativo. Mesmo assim, supondo que a remissão fosse óbvia, faltou lembrar que o bichinho serviu como ícone da Fiesp nas manifestações pelo impeachment de Dilma.

Já as camisetas da seleção, igualmente associadas ao impeachment e apresentadas no desfile lado a lado com as mãos manipuladoras da opinião pública, sequer foram notadas em seu contexto pró-impeachment. Fátima Bernardes foi a única a mencionar a presença da carteira de trabalho como objeto “de defesa dos direitos trabalhistas”. E isso foi tudo sobre o documento de capa azulzinha reproduzido em tamanho gigante próximo ao “Vampiro Neliberalista”. Menção à reforma trabalhista operada no governo do personagem em questão? Zero!

Mas, pior que tudo isso foi ver que as críticas expostas na avenida passaram batido pelas entrevistas feitas por Alex Escobar e Fátima Bernardes no estúdio, pós-desfile.

Conversas nesse contexto sempre caem na mesmice de “quem tem samba no pé” e nas “emoções de cruzar a avenida”, blá- blá-blá. Quando o entrevistado de fato parece ter o que dizer, os entrevistadores não lhe perguntam nada a respeito.

O Sintratel buscou até agora uma final satisfatório para a Campanha Salarial da categoria, que tem data-base em 1º de janeiro. Mas a representação dos empresários do setor criou uma situação de impasse ao impor condições que levam à precarização e retirada de direitos  aos trabalhadores e trabalhadoras da nossa categoria.

O impasse criado pelos empresários está na tentativa de utilização, por eles, do um item da reforma trabalhista que possibilita que o negociado entre empresas e trabalhadores valha mais que a lei, o “negociado sobre o legislado”, colocando as negociações num patamar desfavorável ao laboral.

Da forma como querem, intensificam a precariedade ainda mais nas relações de trabalho, através de cláusulas que só prejudicam o cotidiano das operações e visam apenas à garantia dos interesses patronais, sem o mínimo de dignidade e respeito às condições que estavam previstas em nossa convenção coletiva.

O Sintratel segue com seus esforços para fechar uma Convenção Coletiva de trabalho favorável à categoria, mas diante do impasse, a campanha salarial 2018 vai ficando mais próxima de um fim judicial. 

 

Todos na luta por NENHUM DIREITO A MENOS!

A reforma trabalhista da brecha para os empresários tentarem baixar nossos direitos, mas não vamos deixar!

A manutenção de todos os itens da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) é nossa preocupação número um nessa Campanha Salarial. Isso porque há vários dispositivos da reforma que dão chance aos patrões de tentarem diminuir os direitos conquistados ao longo dos anos por nossa categoria, nas Campanhas Salariais. É justamente na Convenção que estão esses direitos que precisamos defender a todo custo. 

Veja algum deles e entre na luta pela manutenção integral da Convenção Coletiva com o Sintratel:

ReformaTrab Site 

Negociado sobre o legislado e negociação direta com o patrão: muito cuidado!

A combinação desses dois mecanismos impostos pela reforma pode complicar o trabalhador. Eles dão às empresas a possibilidade de impor mudanças e regras que estão abaixo do que manda a lei e pedir (ou obrigar) o trabalhador a assinar. Se você assinar, não tem volta, já era!

Como podemos usar a regra a nosso favor?

Essa regra pela qual o acordo vale mais do que as leis deve ser usada a nosso favor, para melhorarmos os direitos que temos hoje, colocando-os acima do mínimo que a lei determina, e nunca abaixo.

A Campanha Salarial é o momento de negociar essas mudanças para cima. Mas para conseguirmos isso precisamos estar muito fortes, com cada trabalhador e trabalhadora envolvido na mobilização. Participe!

Jornada de trabalho não pode ser ampliada

A Convenção Coletiva de Trabalho define jornada de 6h/dia e 36/h/semanais para os operadores. É PRECISO MANTER ESSA CLÁUSULA SEM ALTERAÇÃO! Porque do contrário as empresas podem querer usar a regra da reforma, que permite ampliação da jornada para até 12h dia, sem pagamento de horas extras.

Não assine nada sem consultar o Sindicato

Já tem empresa querendo impor mudanças na forma do escalonamento, alterando o contrato de trabalho, para se beneficiar. Mas ela só vai conseguir se o trabalhador assinar um acordo. Por isso muito cuidado. Quem sai prejudicado é sempre o lado mais fraco. Consulte o Sintratel antes de assinar qualquer documento ou acordo.

Homologação no Sindicato

A reforma acabou com a obrigatoriedade da homologação de rescisão de contrato de trabalho no Sindicato, permitindo que a empresa faça diretamente com os trabalhadores. Quem pode ser prejudicado com isso? O trabalhador, porque a empresa pode não pagar direitos e forçá-lo a aceitar. POR ISSO TEMOS DE EXIGIR A MANUTENÇAO DA CLÁUSULA DA CONVENÇÃO QUE OBRIGA AS EMPRESAS A FAZEREM A HOMOLOGAÇAO NO SINDICATO. É a única forma do trabalhador ter segurança de que todos seus direitos serão respeitados.

Se perder processo, paga

Uma das mudanças mais drásticas trazidas pela reforma trabalhista foi a que acabou com a gratuidade da justiça do trabalho.

Agora, se o trabalhador entrar com processo e perder, vai ter que pagar as custas do tribunal, os honorários do advogado da empresa e outros custos processuais. O valor é decidido pelo juiz, que também pode processar o trabalhador por falsidade ideológica, se entender que houve tentativa de enganar a justiça.

Por isso, não assine nada sem consultar o Sindicato!

Aplicação do Anexo II da NR-17: a obrigatoriedade tem que estar na Convenção Coletiva de Trabalho

Parece mentira que um Norma Regulamentadora das relações de trabalho que tem força de lei não seja cumprida pelas empresas. Mas acontece. Por isso é fundamental que a obrigatoriedade da aplicação do Artigo 2 da NR 17 esteja na Convenção Coletiva, para dar poder de fiscalização ao Sindicato e mecanismos para obrigar a empresa a aplicá-la.

A aprovação do Anexo II da NR 17, em 2007, foi uma grande vitória da nossa categoria, que só foi possível porque ela construiu um Sindicato forte, o Sintratel. VAMOS DEFENDÊ-LA COM TODAS AS NOSSAS FORÇAS.

O que tem no Anexo II da NR 17:

•O Anexo garante dois intervalos de 10 minutos cada, inclusos na jornada de 6:00 hs, e uma pausa de 20 minutos para alimentação e repouso.

•As pausas devem ser concedidas: a) fora do posto de trabalho; b) em períodos de 10 minutos contínuos; c) após os primeiros e antes dos últimos 60 minutos de trabalho.

•Controle de idas ao banheiro não pode existir, nem o desconto do tempo gasto nas duas pausas existentes.

•O item 3 do Anexo II da NR 17, Equipamentos dos Postos de Trabalho, determina que as empresas têm que fornecer equipamentos (headset) gratuitos e individuais, garantir a higienização e condições operacionais recomendadas pelos fabricantes, bem como a manutenção continua de todos os equipamentos.

Venha fazer parte! Associe-se!

Participe da luta e fortaleça seu Sindicato para impedir a aplicação dessa reforma e se defender do retrocesso!

Nosso instrumento de luta, o Sindicato, precisará estar cada dia mais forte! ASSOCIE-SE FORTALEÇA A LUTA!!

Entre em contato:

WhatsApp:

(11) 94958-7437

(11) 95430-2324

E-mail:

atendicarteirinha@sintratel.org.br

Veja abaixo texto publicado no UOL Economia que mostra a ação de Temer junto aos empresários e acionistas (milionários que têm ações de várias empresas e bancos) para que eles deem um jeitinho de convencer os deputados “indecisos”, que estão vendendo caro seus votos para roubar direitos e acabar com a aposentadoria dos trabalhadores.

Planalto passa lista de deputados indecisos para agentes de mercado trabalharem pela reforma da Previdência

O Palácio do Planalto repassou uma lista com nomes de deputados indecisos para que agentes do mercado e empresários auxiliem no convencimento a favor da reforma da Previdência, que tem votação prevista para 20 de fevereiro na Câmara.

Documento obtido pela Reuters com uma fonte do setor privado mostra uma lista de quase 90 parlamentares que o governo vê como indecisos sobre a reforma. Fonte palaciana confirmou a existência da lista e a estratégia de ter a ajuda dos agentes de mercado e empresários no esforço pela aprovação da proposta. As duas fontes pediram para não serem indentificadas.

Na véspera, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, reuniu-se com confederações de empresários. Na noite desta terça-feira, deve comparecer a conversa com líderes da base patrocinada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Votos necessários

O governo batalha para obter os votos necessários para aprovar a reforma da Previdência na Câmara em fevereiro. Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), precisa de ao menos 308 votos favoráveis dentre os 513 deputados em dois turnos de votação. Depois, ainda precisa passar pelo Senado.

O cálculo no Planalto hoje é de que 270 deputados estariam dispostos a votar pela reforma, faltando 38 votos para se alcançar o mínimo necessário. Considerando a margem de segurança para a votação, que o governo vê entre 320 e 330 deputados a favor da reforma, a distância é ainda maior.

Por isso mesmo o Planalto, intensificou seus esforços midiáticos pela aprovação da reforma da Previdência. Desde seu retorno de Davos, na Suíça, na semana passada, o presidente Michel Temer entrou em uma maratona de entrevistas e martelou sobre a importância da readequação das regras previdenciárias.

Colocar para votar

Um dos principais responsáveis pelo levantamento de números do governo na Câmara, o vice-líder do governo na Câmara Beto Mansur (PRB-SP) afirmou nesta terça que já não há mais espaço para indecisões na Casa.

"O parlamentar tem que fazer a sua opção", disse o deputado a jornalistas.

"Eu acho que a gente tem que ter opinião a favor ou contra. Agora, ficar indeciso em um momento como este não dá."

O vice-líder defende que a proposta seja colocada em votação em fevereiro, mesmo que o governo não conte com votos suficientes.

"Não precisamos ficar cozinhando essa questão da reforma da Previdência durante todo esse tempo."

Temer está oferecendo R$ 10 bi aos parlamentares para ganhar votos pela aprovação da reforma. E tem a cara de pau de dizer que esse dinheiro é o que vai economizar com a redução do direito de aposentadoria ao trabalhador, que a reforma traz.

Na frente de batalha governamental entra tambéçm a mídia empresarial.

A Rede Globo, sempre inimiga do trabalhador, já se comprometeu com o governo a fazer muitas reportagens para enfiar na cabeça do telespectador que a população está envelhecendo e que os servidores têm privilégios, e que isso exige que a previdência sofra uma reforma.

Também vão continuar batendo a tecla do déficit da sistema previdenciário, que a CPI da previdência no Senado já mostrou que é falso. E na chantagem de dizer que o Brasil quebra se a reforma da previdência não for aprovada.

Os empresários donos de todos os outros veículos de comunicação também estão comprometidos com essa lavagem cerebral do povo brasileiro. É um crime contra os direitos da população, a favor da concentração de riquezas nas mãos das empresas e dos ricos.

Para combater essa investida não há outra saída a não ser a luta unificada da classe trabalhadora. Estaremos em todas as frentes de batalha, junto om as centrais sindicais, como estivemos até agora.

Acompanhe as convocações e entre na luta junto com o Sintratel!

O que Temer quer:

-Idade mínima para aposentadoria de 65 anos de idade para homens e 62 para mulheres.

-Não seria mais possível aposentar por tempo de contribuição sem completar os 65 ou 62 anos de idade.

-40 anos de serviço para se aposentar com o valor integral a que tem direito, sem ter desconto do fator previdenciário.

-Todos que ainda não completaram os requisitos para se aposentar entram nas novas regras – Ou seja, se faltar um ano para você completar o tempo de serviço e se aposentar, mas você tiver 55 anos, você terá de trabalhar mais 10 anos para se aposentar aos 65 anos de idade, entendeu?

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