Adentramos o segundo semestre de 2025. Já se passaram seis meses intensos — e o tempo não para.
No hemisfério norte, a guerra na Ucrânia se arrasta e completa três anos. Enquanto isso, no Oriente Médio, Israel promove uma escalada de violência na Faixa de Gaza, resultando no extermínio sistemático da população palestina, e decide colocar o Irã na berlinda, sob a justificativa do enriquecimento de urânio para a produção da bomba H. A resposta iraniana não demorou e, diante da tensão crescente, Israel recorreu ao governo Trump, que, mais uma vez assumindo o papel de “xerife do mundo”, enviou apoio militar prontamente. A humanidade, atônita, assistiu à iminência de uma Terceira Guerra Mundial. Felizmente, ainda não foi dessa vez.
Mas o “xerife” não parou por aí. Em um gesto de chantagem geopolítica — e com o objetivo de defender o chefe do golpe e sua família — Trump ameaçou taxar em 50% as exportações brasileiras. Enquanto o presidente Lula propõe a taxação dos super-ricos bilionários, a aliança da extrema-direita Trump/Bolsonaro quer taxar o Brasil. Caso a medida se confirme, poderá causar prejuízos consideráveis tanto à economia norte-americana quanto à brasileira.
A economia brasileira, aliás, tem surpreendido. Contrariando as previsões pessimistas do tal “mercado” — e para desespero da oposição — o PIB segue em crescimento firme. Encerramos 2024 com alta de 3,4% e já registramos, no primeiro trimestre de 2025, um crescimento de 1,4%, a quinta maior alta entre 49 economias globais. O país também se destaca na geração de empregos formais, com junho registrando um crescimento de 29,6% em relação ao mês anterior. Atualmente, o Brasil ocupa a 10ª posição entre as maiores economias do mundo, com um Produto Interno Bruto (PIB) nominal estimado em US$ 2,2 trilhões.
Os números provam — para desgosto da mídia tradicional — que nosso problema não é de ordem econômica, nem de condução política, mas, sim, de distribuição de renda, de justiça social e de enfrentamento à concentração de riquezas. No Congresso Nacional, a maioria se mostra ágil quando se trata de aumentar o número de cadeiras ou aprovar benefícios próprios — mesmo sabendo que tais medidas pressionam a dívida pública e forçam o governo a cortar gastos em áreas fundamentais como Saúde, Educação e até na política de valorização do salário mínimo. Enquanto isso, pautas essenciais para a população avançam a passos lentos ou permanecem engavetadas. O fim da escala 6x1, a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e — por que não? — a taxação dos super-ricos seguem em “banho-maria”, à espera da “vontade política” do Congresso.
Bilionários, banqueiros e super-ricos precisam contribuir mais. Somente por meio de uma tributação justa e redistributiva será possível sustentar políticas públicas que promovam inclusão, gerem empregos e garantam desenvolvimento com igualdade. O Brasil já provou que é viável —