A cena da novela “Dona de Mim”, da Rede Globo, em que o personagem Abel Boaz (Tony Ramos) busca ser atendido por um humano no telemarketing de um banco, é mais do que um momento cômico: é o retrato fiel da realidade de milhões de brasileiros. Para Marco Aurélio, presidente do Sintratel, a ficção apenas escancarou o que todos sentem no dia a dia — o desgaste e o absurdo de lidar com máquinas insensíveis quando tudo o que se precisa é de empatia e solução.
“Essa cena representa a voz do povo. A tecnologia pode ser aliada, mas não pode substituir o contato humano onde ele é essencial. Quem escuta, compreende e resolve são os trabalhadores e trabalhadoras em telemarketing, não os robôs”, afirma Marco Aurélio.
A crítica inserida na dramaturgia mostra que a Rede Globo, com sensibilidade, deu visibilidade a uma categoria fundamental que, muitas vezes, é invisibilizada. Os atendentes são o elo entre empresas e consumidores, e merecem respeito, valorização e dignidade.
O Sintratel segue firme na defesa de um telemarketing mais humano, com garantias trabalhistas e valorização profissional. Porque, como mostrou “Dona de Mim”, ninguém mais aguenta falar com robôs.